O presente trabalho busca contribuir para o estudo teórico-clínico da automutilação na adolescência, investigando a peculiaridade do recurso à escarificação, ato em que o sujeito inflige a si mesmo cortes na superfície de seu corpo. Essa modalidade de automutilação corporal traz à tona a evocação de um sensorial do corpo e a inscrição de uma marca na superfície deste, gerando, assim, uma cicatriz. A autora questiona de que forma a produção dessa marca no corpo se relaciona com a dimensão do traumático, dimensão de especial relevo na experiência subjetiva da adolescência.
Editora: EDITORA CRV
Categorias: Psicologia

Tags:

#Psicanalise, Adolescencia, Automutilação

Autores:

Comentários
  • Este arquivo ainda não possui nenhum comentário... seja o primeiro a comentar!
Avaliações
  • Este arquivo ainda não possui nenhuma avaliação... seja o primeiro a avaliar!

ISBN: 978-65-5578-601-9

IDIOMA: Português

NÚMERO DE PÁGINAS: 98

NÚMERO DA EDIÇÃO: 1

DATA DE PUBLICAÇÃO: Editora CRV

O presente trabalho busca contribuir para o estudo teórico-clínico da automutilação na adolescência, investigando a peculiaridade do recurso à escarificação, ato em que o sujeito inflige a si mesmo cortes na superfície de seu corpo. Essa modalidade de automutilação corporal traz à tona a evocação de um sensorial do corpo e a inscrição de uma marca na superfície deste, gerando, assim, uma cicatriz. A autora questiona de que forma a produção dessa marca no corpo se relaciona com a dimensão do traumático, dimensão de especial relevo na experiência subjetiva da adolescência.
Pensar a clínica da adolescência, em toda sua multiplicidade, exige do psicanalista ou profissional da saúde mental um grande grau de seriedade, mas também – e sobretudo – de sensibilidade. A presença viva e contínua do analista a partir de uma escuta sensível às adversidades singulares da travessia pela adolescência, como também a tomada de uma postura ativa que implique flexibilidade tanto quanto consistência, serão essenciais para que o adolescente possa significar seus vividos, construindo uma narrativa sobre si. Essa narrativa, inédita quando comparada àquela dos tempos da infância, precisará incluir os diferentes modos de expressão do sofrimento psíquico. Tal processo não será sem ruídos ou desvios, movimentos de retorno ou estagnação, e justamente por se tratar de algo ainda incipiente à nível do processamento psíquico do adolescente, tomará outras vias de expressividade: o corpo sendo a principal delas. Esse livro é uma tentativa teórica de pensar a automutilação na adolescência como um recurso de figurar no corpo aquilo que ainda não ganhou contorno no psiquismo, indo além da psicopatologização simplista dessa prática: a marca corporal como tentativa de inscrição das tensões psíquicas vivenciadas pelo adolescente.
  • Este arquivo ainda não possui nenhum comentário... seja o primeiro a comentar!

Você também pode gostar:

INTERFACES DA PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM R$ 55,08
TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL: para os transtornos de sono R$ 63,48
MONSTRINHOS E MONSTROS um olhar transdisciplinar sobre a violência contra crianças R$ 47,88
Psicanálise e política os limites de uma práxis R$ 24,42
ADMINISTRANDO OS SINTOMAS DA ANSIEDADE um modo eficaz para controlar os picos de ansiedade e alcançar bem-estar R$ 30,00
AS POSSIBILIDADES DO PENSAMENTO DE HANNAH ARENDT NA PRÁTICA PSICOLÓGICA R$ 43,08
INCURSÕES PSICOSSOCIAIS NA JUSTIÇA violências e litígios familiares R$ 78,42
SUPERVISÃO CLÍNICO-TERRITORIAL: um dispositivo de transmissão e formação de equipes da atenção psicossocial R$ 69,48