ISBN: 	9786555894226
			IDIOMA: Português
			NÚMERO DE PÁGINAS: 243
			NÚMERO DA EDIÇÃO: 1ª Edição
			DATA DE PUBLICAÇÃO: 2021
		 
		
            Este livro trata de uma escola teórica do direito pertencente ao âmbito do juspositivismo e relativamente pouco conhecida no Brasil: o realismo jurídico escandinavo. A obra aborda os pensamentos dos quatro grandes realistas, Axel Hägerström, Vilhelm Lundstedt, Karl Olivecrona e Alf Ross, que caracterizaram o direito como um fenômeno psicossocial composto por misticismo, força e linguagem. Este trabalho apresenta à leitora as teses realistas, sem deixar de expor as contradições e os problemas existentes nos pensamentos dos referidos autores. Nestas páginas, propõe-se que o realismo jurídico escandinavo tem muito a oferecer à compreensão do juspositivismo, aos debates teóricos e filosóficos contemporâneos, bem como ao estabelecimento de pontes entre o direito e outros campos do conhecimento.		
		
            Prefácio: Refletindo sobre a definição do direito 	15
Introdução: Por que estudar o
realismo jurídico escandinavo? 	21
1.	O pensamento de Axel Hägerström e um lugar para
a psicologia nos estudos teóricos sobre o direito 	25
1.1.	Algumas notas biográficas sobre Axel Hägerström 	25
1.2.	Ceticismo: o niilismo axiológico e a teoria do
erro (da falsidade) em Axel Hägerström 	28
1.3.	A rejeição às teorias voluntaristas 	31
1.4.	Direitos subjetivos e deveres segundo Hägerström 	38
1.5.	A máquina social 	46
1.6.	O realismo de Hägerström: um lugar para
a psicologia nos estudos teóricos sobre o direito 	50
2.	O pensamento de Vilhelm Lundstedt:
entre o realismo e o utilitarismo? 	57
2.1.	Algumas notas biográficas sobre Vilhelm Lundstedt 	57
2.2.	Lundstedt, o realista utilitarista? 	59
2.2.1.	O bem-estar social: o indício de
um estranho no ninho realista? 	60
2.2.1.1.	O papel do legislador segundo Lundstedt 	65
2.2.1.1.1.	Juízes como (quase) legisladores 	68
 
2.2.1.2.	O papel do teórico (do cientista)
do direito segundo Lundstedt 	71
2.2.1.2.1.	A ameaça fantasma: superstições jurídicas no âmbito internacional 	74
2.2.2.	A ciência jurídica: apontamentos sobre o direito
penal e o direito civil na visão de Lundstedt 	77
2.2.2.1.	A esfera penal na teoria de Lundstedt 	77
2.2.2.2.	A esfera civil na teoria de Lundstedt 	82
2.3.	O realismo de Lundstedt: afinal, Lundstedt
era um realista utilitarista? 	85
3.	O pensamento de Karl Olivecrona: fatos,
linguagem, imperatividade e direito 	95
3.1.	Algumas notas biográficas sobre Karl Olivecrona 	95
3.2.	Olivecrona, herdeiro de Hägerström e de Lundstedt: a continuação da missão contra o jusnaturalismo 	96
3.3.	A linguagem e a força: as inovações da teoria de Olivecrona 102
3.3.1.	O lugar da linguagem na realidade
psicossocial: Cérbero, direitos e deveres 	103
3.3.2.	Coerção livre de ilusão? Os imperativos
independentes e imperativos performativos 	107
3.3.2.1.	Os sinais do direito e do poder: o procedimento legislativo e a Constituição
na teoria de Olivecrona 	113
3.3.2.1.1.	O Judiciário como Legislativo? 	117
3.4.	Correto, porém não verdadeiro: breves observações sobre afirmações concernentes aos direitos e deveres 	121
3.5.	Uma máquina forte: coação, coerção e direito 	123
3.5.1.	A relação entre a moralidade e o direito 	127
3.5.2.	“O direito consiste principalmente em regras sobre
força”: coação, coerção e as regras jurídicas 	132
3.5.3.	Uma máquina das nações? O direito
internacional aos olhos de Olivecrona 	134
3.5.4.	A força na segunda edição de Law as Fact 	135
3.6.	O realismo de Olivecrona: uma máquina forte no
horizonte dos estudos teóricos e sociológicos 	137
 
4.	O pensamento de Alf Ross: o realista
com um conceito de validade 	143
4.1.	Algumas notas biográficas sobre Alf Ross 	143
4.2.	A primeira etapa do pensamento rossiano:
o jovem Ross sob influência kelseniana 	146
4.2.1.	O conhecimento jurídico segundo o
jovem Ross: alguns pontos a esclarecer 	152
4.2.2.	As fontes do direito segundo o jovem Ross 	155
4.3.	A segunda etapa do pensamento de Alf Ross:
a elaboração de uma teoria da validade realista 	158
4.3.1.	A coerção e a coação, as experiências
de validade e a relação simbiótica	160
4.3.1.1.	A moralidade e o Judiciário na teoria rossiana 165
4.3.2.	Três observações sobre a teoria das fontes e a obrigatoriedade do direito na segunda
fase do pensamento rossiano 	168
4.3.2.1.	Semelhanças e diferenças entre o realismo rossiano e o realismo estadunidense 	168
4.3.2.2.	O amadurecimento da apresentação do
“método lógico-transcendental” 	169
4.3.2.3.	Esclarecimentos sobre a validade
jurídica e a validade moral 	170
4.3.3.	O saldo da segunda fase da teoria rossiana 	174
4.4.	A terceira etapa do pensamento de Alf Ross:
validade, vigência, predição e Tû-Tû 	177
4.4.1.	Acenos ao Círculo de Viena e ao realismo americano,
mas de mão dada com a Escola de Uppsala 	177
4.4.2.	Validade, vigência e predição 	184
4.4.2.1.	Validade: consciência jurídica material, consciência jurídica formal e força 	184
4.4.2.2.1. Weber e o realismo
escandinavo: uma possibilidade de combinação de lentes teóricas 	189
4.4.2.2.	Vigência e predição 	191
4.4.2.1.1. Vigência do direito:“mais
do mesmo” disfarçado? 	194
4.4.3.	Termos tû-tû: vazio semântico e discurso jurídico 	200
 
4.5.	Algumas considerações sobre Alf Ross e a sua incursão nos âmbitos da filosofia da linguagem e da lógica deôntica 	205
4.6.	O realismo de Ross: o outro lado da
validade e os usos de termos tû-tû 	206
Considerações finais: um lugar para a
máquina social do direito 	211
1.	As imagens das máquinas sociais com base
nos pensamentos dos quatro realistas 	211
2.	A oposição ao jusnaturalismo: uma simplificação teórica? 	216
3.	O direito desencantado 	218
4.	As ideologias dos realistas: contradição
e/ou condição humana? 	224
5.	Realismo jurídico escandinavo: um exagero epistemológico? 227
6.	Um lugar para a máquina social do direito:
a ponte entre teoria jurídica e ciências sociais 	229
Referências 	231