ISBN: 978-65-5113-198-1
IDIOMA: Português
NÚMERO DE PÁGINAS: 213
NÚMERO DA EDIÇÃO: 1
DATA DE PUBLICAÇÃO: 11/06/2025
Advogados são contadores de histórias, queiram ou não. No entanto, ao longo da faculdade e mesmo dentre as diversas opções de educação continuada, pouco se investe na redação jurídica assertiva e bem estruturada. Basta se pensar quantas horas de efetiva prática profissional existem no curso de Direito em comparação com a carga infindável de horas que se passa examinando texto legislativo, doutrina e decisões de tribunais. Afinal, advogados não apenas relatam histórias, mas precisam contá-las de forma convincente. Neste livro, Philip N. Meyer desenvolve uma densa, meticulosa e estruturada prática de Storytelling que pode ser empregada por advogados em qualquer processo seja ele cível, penal, trabalhista. Nesse âmbito, essa prática pode ser aplicada a vários momentos processuais distintos petição inicial, contestação, memoriais, recursos, sustentação oral ou mesmo ainda quando se trate de atuação extrajudicial. Trata-se do exame devários elementos de ferramentas do Storytelling, tão comum no âmbito do Common Law, em particular nos Estados Unidos, a partir de casos reais, livros técnicos e de ficção, filmes e músicas apresentadas pelo autor, apresentando, ao final, um conhecimento indispensável para a atuação jurídica competente e séria.
SOBRE O TRADUTOR
INTRODUÇÃO À EDIÇÃO BRASILEIRA
CAPÍTULO 1
1.INTRODUÇÃO
I. Advogados são Contadores de Histórias
II. Argumentos Jurídicos são Histórias Disfarçadas
III. As Partes de uma História
IV. Filmes e Argumentos de Encerramento
CAPÍTULO 2
2. CONSTRUINDO A TRAMA I - O BÁSICO
I. O que é Trama?
A. Termos e Conceitos Básicos
B. Uma definição “austera” de Trama
C. Tema e Causa de Pedir
D. Gênero e Melodrama
II. A Estrutura da Trama nos Filmes
A. Gênero e Tema
B. Estrutura Básica da Trama em ‘Matar ou Morrer’ e ‘Tubarão (Aplicando o modelo Amsterdam-Bruner)
CAPÍTULO 3
3. CONSTRUINDO A TRAMA II - A ESTRUTURA DA TRAMA EM UM ARGUMENTO DE FECHAMENTO EM UM CASO COMPLEXO DE RESPONSABILIDADE CIVIL PERANTE UM JÚRI
I. A “História de Fundo”
II. Trechos Anotados do argumento final de Gerry Spence em nome de Karen Silkwood
A. Preparando o Palco
B. Causa de Pedir e Tema Narrativo
C. O Estado Estacionário e a Chegada do Problema
D. Outra história dentro de uma história: O Júri e “A Jornada do Herói”
E. Complicações progressivas: A natureza do problema
F.“O Arranjo”: A gangue de vilões foras-da-lei contra os habitantes da cidade
G. A chegada da Profeta
H. “O confronto”: O conflito se intensifica
I. A réplica: O confronto final
J. “A Resolução” pelo Júri
III.Observações Finais
A. “Toda História Acabou Antes de Começar”
B. Fazendo o Movimento Narrativo: As “Forças do Antagonismo”
CAPÍTULO 4
4. LIÇÕES DE PERSONAGENS: PERSONAGEM, DESENVOLVIMENTO DE PERSONAGEM E CARACTERIZAÇÃO
I. Introdução: Por Que Enfatizar Personagens de Filmes no Storytelling Jurídico?
II.O que é o caráter e por que é importante para os contadores de histórias jurídicas?
III. Personagens planos e redondos e personagens estáticos e em mudança – Revisitando Matar ou Morrer
A. Personagens planos e redondos, Personagens Estáticos e em Evolução
B. O protagonista heroico – Will Kane
C. Amy Kane e Helen Ramirez: Personagens “redondos” complexos
D. Frank Miller (antagonista/vilão): Um personagem “Plano” e “Estático”
IV. Técnicas de Desenvolvimento e Caraterização de Personagens: Trechos de “O Despertar de um Homem” de Tobias Wolff
A. Excertos de “O Despertar de um Homem”
CAPÍTULO 5
5. PERSONAGENS, DESENVOLVIMENTO DE PERSONAGENS E CARACTERIZAÇÃO EM UM ARGUMENTO DE ENCERRAMENTO A UM JÚRI EM UM CASO CRIMINAL COMPLEXO
I. A “história de fundo”
II. Excertos comentados extraídos do argumento final de Jeremiah Donovan em favor de Louis Failla
A. “O Gancho”: No qual o personagem Louis “Louie” Failla é apresentado no palco
B. Quem é Louis Failla? A história dentro da história que descreve o personagem de Failla
C. Trechos de “O Arranjo” e de “A Confrontação”: o problema rompe o estado estacionário e o Vilão é apresentado no palco
D. Trechos do Clímax e da Resolução: Onde a Lealdade de Failla é testada e ele é obrigado a tomar uma decisão crucial redefinindo seu “personagem”
E. Personagem em Diálogo e Ação
F. O arco de personagem de Failla não está completo
III. Observações finais
A. O personagem de Louie Failla e os filmes
B. Personagem e Tema
CAPÍTULO 6
6. ESTILO IMPORTA - COMO UTILIZAR VOZ, PONTO DE VISTA, DETALHES E IMAGENS, RITMOS DE LINGUAGEM, CENA E SÍNTESE, CITAÇÕES E TRANSCRIÇÕES NAS NARRATIVAS JURÍDICAS EFICAZES
I. Ambientação: corrigindo provas da Faculdade de Direito
II. Nota preliminar: “Voz” e “estilo”
III. Voz e ritmo: “Ficar na superfície”
IV. O Uso de Cena e Resumo: “Mostrando e Contando”
V. Contando em Vozes Diferentes
VI. Perspectiva ou Ponto de Vista
VII. Várias funções da perspectiva: Como funciona a perspectiva (ponto de vista) e que trabalho faz?
A) A perspectiva controla o fluxo de informações
B) As perspectivas podem sugerir resultados e dotar o leitor com responsabilidade pela determinação de significados
C) A perspectiva afeta o grau de envolvimento do leitor ou ouvinte na história e sugere o grau de empatia que o leitor ou ouvinte deve ter pelos vários personagens de uma história
D) A perspectiva afeta diretamente a percepção dos eventos pelo leitor ou ouvinte, determinando se o leitor ou ouvinte acredita na descrição do narrador sobre o que
realmente aconteceu
VIII. Observações Finais
CAPÍTULO 7
7. SENSO DE LUGAR - CENÁRIOS, DESCRIÇÕES E AMBIENTES
I. Introdução
II. Território perigoso: cenários contrastantes que evocam perigo e instabilidade em “O Álbum Branco” de Joan Didion e a opinião judicial em um caso de estupro
III. Mais lugares perigosos onde coisas ruins acontecem: uso de descrições físicas e detalhes factuais para criar ambientes complexos em ‘Os Emigrantes’, de W. G. Sebald e
manifestações iniciais em dois casos de confissão coagida
IV. Cenários e ambiente como vilões e vilania nas histórias de mitigação de “While They Slept” (Enquanto eles dormiam), de Kathryn Harrison, e na manifestação do requerente
em Eddings vs. Oklahoma
V. Observações Finais
CAPÍTULO 8
8. TEMPO NARRATIVO - UMA RÁPIDA EXPLORAÇÃO
I. Introdução
II. A ordenação temporal do discurso
A. A sequência da narrativa: Billy Pilgrim assiste ao filme de trás para frente
B. Cronologia
C. Variações na Cronologia
D. “Analepse” ou “Flashback”
E. “Prolepse” ou “Flashforward”
F. Elipse
G. Cadência e Ritmo
H. Estabelecendo o intervalo de tempo – inícios e finais implícitos para histórias inacabadas
III. Observações Finais
CAPÍTULO 9
9. OBSERVAÇÕES FINAIS - COMEÇOS E FINAIS
REFERÊNCIAS